Dicionário do petróleo em língua portuguesa

sequência de Bouma / Bouma sequence.

 Sequência de estruturas sedimentares que ocorre em uma camada de rochas sedimentares depositadas por processos de transporte e deposição atribuídos a fluxos gravitacionais na fase de correntes de turbidez, os quais formam depósitos denominados turbiditos.

→ Na teoria, uma sequência de Bouma completa compreende uma camada que se inicia com um intervalo basal denominado (I.a) intervalo A, que consiste em material arenoso grosseiro maciço ou gradacional, representando a fase de alta energia do fluxo, e que vai gradativamente sendo sobreposto pela unidade designada pelo autor de (II.a), intervalo B, representado pela fração arenosa mais bem selecionada e com estruturas de laminações plano-paralelas em regime de fluxo superior. Ocorre, então, a passagem em direção ao topo da camada ao (III.a), intervalo C, que tem como característica a ocorrência de estruturas com marcas de correntes onduladas cavalgantes, que denotam a desaceleração avançada do fluxo. Finalmente, tem-se o (IV.a) intervalo D, composto de materiais finos que representam o final da desaceleração do fluxo turbulento, com a deposição já influenciada pelos processos de decantação, até o (V.a) abandono do fluxo e o início da pura decantação do material hemipelágico, representado pelo intervalo designado E. Na prática, a sucessiva superposição de fluxos altera esta ordem, pois parte dos intervalos superiores são removidos pelos fluxos mais novos, e o mais comum é encontrar preservadas as camadas com a sequência incompleta. Estas cinco camadas que originalmente definem a sedimentação turbidítica são conhecidas como (I.b) Camada E folhelho pelítico, (II.b) Camada D laminação paralela superior, (III.b) Camada C ondulações de corrente, (IV.b) Camada B laminação paralela inferior, e (V.b) Camada A areias maciças.


 






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